13 de dezembro de 2024

 

Em 2023, dos 78,3 milhões de domicílios particulares permanentes do país, havia televisão em 73,9 milhões, 94,3% do total de domicílios, proporção que ficou em 95,1% na área urbana e 88,5% na rural. As Regiões Sudeste e Sul apresentaram as maiores proporções de domicílios com televisão (96,5% e 96,0%, respectivamente), a Região Norte, a menor (88,8%).

Foram estimados 65,0 milhões de domicílios com recepção de sinal analógico ou digital de televisão aberta por meio de antena convencional, o equivalente a 88,0% dos domicílios com televisão do país. O dado representa uma queda de meio milhão de domicílios com recepção em relação a 2022, que teve 65,5 milhões de domicílios e 91,6%, respectivamente.

Na área urbana (88,9%), o percentual foi maior do que na área rural (80,9%). A Região Sudeste apresentou o maior percentual, com 88,9% dos domicílios, e a Região Centro-Oeste registrou o menor percentual, 86,8%.

“Apesar da redução na recepção do sinal de TV aberta, não percebemos um aumento no uso dos serviços complementares ou concorrentes, como streaming e TV por assinatura, cujas taxas também se reduziram”, destaca Leonardo Quesada, analista da pesquisa.

Parabólicas

No Brasil, havia um número maior de domicílios com recepção de sinal por parabólica grande (9,1 milhões) em comparação aos que possuíam mini parabólica com sinal aberto (7,5 milhões), o que representava 12,3% e 10,2% dos domicílios com televisão, respectivamente. Mas a diferença entre os dois tipos de antena caiu de 5,5 milhões em 2022 para e 1,6 milhão em 2023.

Aproximadamente 772 mil domicílios (911 mil em 2022), ou 1,0% dos domicílios com televisão, possuíam acesso a sinal de televisão somente por meio de parabólica grande.

“Esse é o grupo de interesse que precisa migrar a estrutura de recepção de TV para a mini parabólica, uma vez que o seu acesso ao sinal de TV aberta ficará comprometido pelo desligamento da transmissão por meio de antenas parabólicas grandes. Apesar da queda de 139 mil domicílios ou 15,3%, a maior parte veio dos domicílios urbanos, (117 mil ou 20,9%) em comparação aos domicílios rurais (22 mil ou 6,3%), segmento que mais depende de parabólica grande. E vale lembrar que a troca é custosa, sendo gratuita apenas para os integrantes do Cadastro Único”, explica Quesada.

Uso de TV por assinatura diminui

Em 2023, 18,6 milhões ou 25,2% dos domicílios com televisão no país tinham acesso a serviço de televisão por assinatura, proporção que foi de 26,2% em área urbana e de 17,4% em área rural. Entre 2022 e 2023, o percentual de domicílios com televisão por assinatura apresentou redução de 2,5 p.p. no Brasil, bem como queda de 2,6 p.p. nas áreas urbanas e de 2,4 p.p. nas rurais. “Desde 2016, os percentuais dos domicílios rurais foram crescentes, atingindo o maior patamar em 2022 (19,8%), mas em 2023 apresentou a primeira queda para 17,4%”, ressalta o analista da pesquisa.

3,8 milhões de domicílios não têm TV alguma

A pesquisa também mostra o número de domicílios com televisão que não tinham recepção de sinal analógico ou digital de TV aberta, recepção de sinal por antena parabólica grande ou mini-parabólica com sinal aberto e nem acesso a serviço de TV por assinatura passou de 2,7 milhões (3,9%) de domicílios em 2022 para 3,8 milhões em 2023 (5,2%).

Maioria que tem streaming tem também TV aberta ou paga

Entre os domicílios com televisão, 31,1 milhões possuíam acesso a serviço pago de streaming de vídeo, número semelhante a 2022. Entretanto, m termos percentuais, houve queda de 43,4% para 42,1%.

Dentre os domicílios que tinham acesso a serviço pago de streaming de vídeo, 93,9% também possuíam acesso a canais de televisão: 89,7% por meio de sinal de televisão aberta e 39,5% por meio de serviço de TV por assinatura. Somente 6,1% dos que tinham acesso a streaming pago de vídeo não possuíam acesso a televisão aberta ou a serviço de TV por assinatura, percentual esse de 4,7% em 2022.

Cai a proporção de domicílios com microcomputador e tablet

De 2022 a 2023, a proporção de domicílios com microcomputador recuou de 40,2% para 39,0%. Em 2016, esse percentual era de 45,9%. A proporção de domicílios com tablet, voltou a recuar, de 10,7% para 10,4%. Desde 2021, esse indicador apresentou percentuais próximos, com pequenas variações para cima e para baixo, podendo indicar alguma estabilidade no patamar de 10%. Em área urbana, esse indicador passou de 11,8% para 11,4% e, em área rural, de 3,1% para 2,8%

Uso de telefone fixo continua diminuindo

Em 2023, não havia telefone em 2,8% dos domicílios particulares permanentes (2,2 milhões) do país, mesmo percentual de 2022. A ausência de telefone manteve-se mais elevada nos domicílios nas Regiões Nordeste (5,2%) e Norte (3,8%), enquanto nas demais não ultrapassou 2,0%.

A proporção de domicílios com telefone fixo no país foi de 9,5%, percentual em declínio desde 2016 (32,6%). A parcela dos domicílios que tinham telefone móvel celular, por outro lado, apresentou aumento desde 2016 (93,1%), embora em 2022 (96,6%) e 2023 (96,7%) tenha ficado praticamente estável. Os domicílios da área rural tinham percentual menor, se comparados àqueles da área urbana, tanto de telefone móvel celular (91,2% frente a 97,5%) quanto de telefone fixo convencional (2,8% contra 10,5%).

Celular funciona para Internet ou telefonia em 91,9% dos domicílios

Desde 2016, ano após ano, observou-se um aumento no número de domicílios onde foi informado que o serviço de rede móvel celular ali funcionava, para Internet ou para telefonia. Entretanto, pela primeira vez na série, o percentual de domicílios nessa condição apresentou uma pequena variação negativa de 0,1 p.p., podendo indicar uma estabilidade nesse indicador. O percentual domicílios do país com serviço de rede móvel celular funcionando para Internet ou telefonia foi de 91,9%, no total; 95,3%, em área urbana; e 67,4%, em área rural.

A área rural apresentou redução tanto no quantitativo de domicílios (menos 202 mil domicílios) quanto na taxa (queda de 2,0 p.p.). Em áreas urbanas, em sentido oposto, obteve-se acréscimo de 2,9 milhões de domicílios e variação positiva de 0,1 p.p. na taxa. Esse movimento acabou ampliando a diferença entre as taxas nos domicílios urbanos em comparação aos rurais: em 2016 essa diferença foi de 26,0 p.p. e, em 2023, passou a ser de 27,9 p.p., tornando-se, assim, a maior da série.

Mais sobre a pesquisa

O módulo de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua analisa, desde 2016, o acesso à Internet e à televisão e a posse de telefone móvel celular para uso pessoal, com detalhamento geográfico para Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação. Acesse o material de apoio e a publicação completa para mais informações.

Link: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/41024-internet-foi-acessada-em-72-5-milhoes-de-domicilios-do-pais-em-2023

 

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Por Portal das Cidades

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