Estão abertas as inscrições para o Cursinho Popular Dirceu Campos, uma ótima oportunidade para quem deseja entrar na Faculdade e não dispõe de recursos para fazer um cursinho preparatório para os vestibulares.
O Cursinho é uma iniciativa da PODEMOS+ e a rede Movimento Brasil Popular (MBP).
O objetivo é promover o acesso dos filhos da classe trabalhadora ao ensino superior público, gratuito e de qualidade.
As aulas ocorrem de forma presencial, atualmente aos sábados, das 9:00h ao 12:30, na Escola Estadual Alceu Gomes da Silva (próximo ao SESI), na vila Rio Branco, em Itapetininga.
O semestre tem previsão para iniciar em Maio de 2025, com previsão de aulas e atividades até o final do ano letivo.
CRITÉRIOS DE APROVAÇÃO
Serão aprovados aqueles que corresponderem aos seguintes critérios:
– Ser ou ter sido aluno de escola pública ou bolsista em escola particular;
– Apresentar todos os documentos corretamente no ato da inscrição;
Dirceu Campos
Dirceu Campos foi sindicalista, perseguido e preso pela Ditadura Militar.
“Fui preso na antiga pensão São João, 15 soldados invadiram a minha casa.Algumas pessoas se aglomeraram, outras esbravejavam: “Bem feito! É comunista mesmo” contou Dirceu em seu livro Histórias que o Tempo não Conta .
Dirceu Campos nasceu na cidade de Itararé, em 19 de agosto de 1938.
Ferroviário, professor e membro do Instituto Histórico Genealógico e Geográfico de Itapetininga (IHGGI), foi escritor e jornalista, escrevendo uma coluna semanal no jornal Folha de Itapetininga.
Casado com Ercília Rodrigues Campos, teve 3 filhos: Dirceu Campos Filho, Maria Cecília Campos e Miriam Estela Campos.
Na juventude, Dirceu iniciou sua carreira como ferroviário, aos 14 anos de idade, como praticante de telegrafista, no Curso de Transportes (CFT).
Aos 18 anos, Dirceu era telegrafista da Estrada de Ferro Sorocabana.
Foi líder de movimentos de greve, em resistência às quebras de leis trabalhistas e exploração do trabalho, que causou-o uma suspensão de 3 meses.
Após o golpe militar, em 1964, foi preso na cadeia de Itapetininga, sendo libertado após 24 dias encarcerado.
Voltou a estudar em 1964, onde concluiu o ginásio, atual ensino fundamental. Posteriormente, concluiu o magistério e trabalhou como inspetor de alunos até 1979, quando retornou às ferrovias, como despachador de movimento, na Barra Funda, São Paulo.
Dirceu se formou em Bacharel de Direito, pela Faculdade Karnig Bazarian (FKB), também em Ciências, Ciências Contábeis, História, Matemática e Pedagogia, na Associação de Ensino de Itapetininga.
Após a aposentadoria das ferrovias passou a exercer a profissão de fotografo, passando também a lecionar aulas na rede estadual de ensino, onde viria a receber o prêmio “Professor Símbolo”.
Edmundo Vasques Prestes 