Fotos e Vídeo: Rafael Silvério
Milhares de poessoas sairam às ruas das principais cidades da Argentina, para protestar a favor dos direitos das mulheres, após o presidente Javier Milei questionar a tipificação do feminicídio.
Rafael Silvério , em cobertura especial para o Portal das Cidades , acompanhou os protestos na cidade de Rosário.
Após miilhares de pessoas se manifestaram no último final de semana em Buenos Aires (01/02), desta vez foi a cidade de Rosário que teve suas ruas tomadas por milhares de manifestantes.
Os protestos ocorrem após discurso do presidente Javier Milei no Fórum Econômico Mundial , quando atacou o feminismo e a comunidade LGBT.
Milei criticou a “agenda woke”, como se refere a pautas ligadas à igualdade racial, social e de gênero.
Ele também afirmou que o “feminismo radical” busca “privilégios” e questionou a tipificação do feminicídio, alegando que essa categoria legal estabelece que “a vida da mulher vale mais do que a de um homem”.
A mobilização dos manifestantes contou com a adesão de vários sindicatos, como a Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), dos servidores públicos, e a Confederação Geral do Trabalho (CGT), a principal central sindical do país, além de políticos da oposição.
As declarações de Milei geraram indignação na sociedade civil, em boa parte da imprensa e até mesmo desconforto na direita “tradicional”, ocasionalmente aliada ao presidente, que expressa admiração e afinidade com o atual mandatário americano, Donald Trump.
O governo se defendeu, alegando que as falas do presidente foram distorcidas e que, como liberais, respeitam “o projeto de vida de cada indivíduo”.