Fonte: Health Times
Desde 1985, mais de 517 mil vidas foram salvas graças ao avanço no tratamento e à detecção precoce do câncer de mama — um dos maiores triunfos da medicina preventiva moderna, segundo a American Cancer Society.
O que é o câncer de mama?
É uma doença causada pelo crescimento descontrolado de células anormais nos tecidos da mama, especialmente nos ductos lactíferos ou nos lóbulos.
Essas células podem formar um tumor maligno, que tem potencial de invadir tecidos vizinhos e se espalhar para outras partes do corpo, como ossos, fígado ou pulmões.
Diversos fatores contribuem para o seu surgimento, incluindo predisposição genética, alterações hormonais e estilo de vida.
Nos anos 1980, apenas uma em cada quatro mulheres nos Estados Unidos realizava exames de rastreamento para o câncer de mama — e o acesso à tecnologia era bastante limitado.
Foi nesse cenário que nasceu, em outubro de 1985, a primeira semana dedicada à conscientização sobre a doença.
- A iniciativa, inicialmente modesta, ganhou força rapidamente e, em 1990, foi oficializada pelo então presidente George H. W. Bush como o Outubro Rosa.
De lá para cá, o movimento se transformou em um fenômeno global, com milhões de pessoas usando fitas rosas, participando de caminhadas e pressionando por avanços científicos.
Mas o impacto mais notável está nos números: a taxa de sobrevivência em cinco anos para mulheres diagnosticadas com câncer de mama aumentou de cerca de 75% no início da década de 1980 para mais de 90% nos últimos anos.
No contexto brasileiro, a situação ainda é ligeiramente menos favorável. Estima-se que a sobrevida em 5 anos para o câncer de mama esteja entre 80% e 90%, a depender da região estudada.
O que eu deveria fazer?
A prevenção do câncer de mama envolve escolhas de estilo de vida e exames periódicos que reduzem os riscos e aumentam as chances de diagnóstico precoce.
Manter uma alimentação equilibrada, praticar atividade física, controlar o peso e evitar o consumo excessivo de álcool ou tabaco são medidas que diminuem significativamente a probabilidade de desenvolver a doença.
A amamentação também é considerada um fator protetor importante, pois contribui para a saúde materna e infantil.
🩺 Em relação ao rastreamento, a recomendação é que mulheres entre 50 e 69 anos realizem mamografia a cada dois anos. Já aquelas a partir dos 40 anos podem discutir individualmente essa possibilidade com o seu médico.
Qualquer alteração suspeita na mama deve ser investigada rapidamente, garantindo diagnóstico e tratamento adequados.
PS: Aos que quiserem se aprofundar no assunto, aqui vai a diretriz completa do Ministério da Saúde sobre o tema.