Em um brinde à disseminação do conhecimento científico, Itapetininga se prepara para sediar mais uma edição do Pint of Science, um festival mundial que leva pesquisadores para conversar com o público em ambientes descontraídos como bares e restaurantes.
A professora e mestre em história Cristina Person, uma das entusiastas e organizadoras do evento na cidade, explica a essência desta iniciativa que nasceu na Inglaterra em 2012.
“O Pint of Science é um festival acadêmico com o objetivo de tornar a pesquisa científica mais acessível ao público comum, de maneira descontraída”, conta Cristina.
A escolha do nome não é por acaso: “Pain”, em inglês, significa o copo de cerveja, remetendo à atmosfera informal dos pubs onde a ideia original floresceu.
Desde então, o festival se expandiu, acontecendo simultaneamente em diversas cidades ao redor do mundo sempre no mês de maio.
Itapetininga já faz parte desse circuito há cinco anos, inclusive resistindo aos desafios da pandemia com edições virtuais. “Durante os anos de 2020 e 2021, o Pint aconteceu de maneira virtual, e as palestras estão disponíveis no YouTube.
Foi bem interessante também, mas agora, graças à ciência e às vacinas, podemos confraternizar e continuar socializando, brindando e compartilhando a pesquisa científica presencialmente”, celebra Cristina.
O Pint of Science 2025 em Itapetininga acontecerá nos dias 20 e 21 de maio, terça e quarta-feira da próxima semana.
Os locais e os temas:
Terça-feira, 20 de maio, no KDF (Rua Dr. Lomanto Júnior): O professor Cesário, da Fatec, trará uma discussão instigante sobre a história de Itapetininga, desmistificando a ideia de que o desenvolvimento da cidade foi freado por Getúlio Vargas. Ele apresentará uma pesquisa sobre as antigas faculdades de odontologia e farmácia, pioneiras no sul do estado de São Paulo, revelando um importante capítulo da história local.
Quarta-feira, 21 de maio, no Árabe (Center Park): O tema central será meio ambiente, com foco em água, urbanismo e árvores. Os professores Bruna Soldera e Zeca Pompeu Piza , ambos da Fatec, conduzirão a discussão sobre sustentabilidade e urbanização, temas cruciais no mundo contemporâneo.
Cristina Person faz um apelo para que a comunidade acadêmica local abrace ainda mais o evento. “Gostaríamos que a Fatec, o Instituto Federal, a UNIFSP e o IES abraçassem o Pint também.
É um evento tão legal para a cidade, mas nos sentimos um pouco sozinhos na organização”, confessa.
Apesar dos desafios, o objetivo é claro: “Queremos que as pessoas venham para o Pint, que façam desse evento um programa de lazer para as noites de maio”.
A atmosfera descontraída é um dos grandes atrativos do Pint of Science. “É muito mais agradável discutir conhecimento e aprender em um bar, tomando uma cerveja, do que em uma sala de aula”, opina Cristina.
Itapetininga, apesar de às vezes esquecermos, é uma cidade universitária com diversas instituições de ensino superior, incluindo a USC (Faculdade de Medicina de São Caetano).
“Acadêmicos, prestigiem o Pint of Science! Público em geral, venha beber uma cerveja conosco, vai ser muito legal!”, convida Cristina.
O evento em Itapetininga só é possível graças ao esforço incansável de Cassiano Terra, coordenador geral, e ao patrocínio de empresas como a Golfen&Business (https://www.instagram.com/golfbusiness.agropar/#) , um escritório de inteligência financeira que apoia o festival há três anos.
Quem participar do Pint 2025 concorrerá a camisetas exclusivas com a temática da sustentabilidade.
As portas dos locais do Pint of Science se abrirão às 19h, com as palestras começando por volta das 19h30 ou 20h e se estendendo até as 22h. Após as apresentações, haverá espaço para discussão em um ambiente informal e acolhedor.
Cristina finaliza reforçando o cuidado na escolha dos palestrantes e temas, sempre buscando valorizar a produção acadêmica local. “O Pint de Itapetininga é muito original, tem a nossa marca, o nosso lugar de fala. Vamos falar de produções acadêmicas da nossa terra, da nossa cidade. É bem interessante isso.
” O Pint of Science é uma oportunidade única de desmistificar a ciência, tornando-a acessível e convidativa para todos.