12 de dezembro de 2024
A revista Família Cristã registrou o trabalho com os alunos de Cecília Pimentel

Em seu trabalho com os alunos da classe de surdos da Escola Estadual Coronel Fernando Prestes , a professora Cecília Pimentel identificou um talento nato naquelas crianças: uma grande capacidade para desenvolver a arte.

Durante a sua vivência com seus alunos, Cecília percebeu que a ausência do sentido da audição era compensada com o aumento da percepção visual.

A partir desta constatação, Cecília contou com a ajuda da professora Lourdes Válio para ensinar a pintura às crianças.

E os resultados foram extraordinários: inúmeras exposições de quatros em Itapetininga e até em São Paulo, valorizavam a capacidade dos alunos e surprrendiam a sociedade.

Com a venda dos quadros, a professora Cecília viabilizava a compra de aparelhos auditivos para àquelas crianças menos favorecidas, cuja família não tinha condições de comprar o aparelho.

Nas pinturas os alunos da professora Cecília demonstravam grande sensibilidade e maior capacidade de observar com  detalhes as imagens, um senso mais apurado para utilizar as côres, as dimensões e a profundidade dos quadros.  Em 1987 vários quadros dos alunos da professora  Cecília foram premiados na Bienal de Kanagawa – Exposição de Artes das Crianças do Mundo, no Japão.

A revista também retrata o trabalho de Margha Bloes na peça “O Milagre de Anne Sullivan”

 

“O Milagre de Anne Sullivan”, uma peça que marcou Itapetininga na década de 1980

“O Milagre de Anne Sullivan”, uma peça de teatro dirigida e realizada por outra professora,  Margha Bloes,  marcou o cenário cultural de Itapetininga na década de 1980.

A peça, baseada no texto de William Gibson e inspirada no trabalho da educadora Anne Sullivan, conta a história de Helen Keller, uma menina surda e cega que aprende a se comunicar com a ajuda de sua professora.

A peça em Itapetininga, dirigida pela professora Margha Bloes , tinha como atriz principal a menina  Maria José Ruivo, aluna de Cecília Pimentel.

 

As duas professoras, juntas, superaram todos os desafios e fizeram da peça um grande sucesso. Maria José, superando os limites da surdez, teve uma grande desenvoltura, marcando às paresentações e impressionando o público.

Numa época que Itapetininga não tinha teatro, a peça foi encenada na Igreja Nossa Senhora das Estrelas. O ano era 1984 e mais de quinze mil pessoas estiveram nas apressentações do “Milagre de Anne Sullivan” , um grande sucesso de público com repercussão nacional.

Milton Cardoso, Orientador de Artes Cênicas, fez um importante levantamento histórico da peça “O Milagre de Anne Sullivan” em Itapetininga. Veja a reportagem de Milton Cardoso.

 

 

 

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Por Portal das Cidades

O Portal das Cidades é um site de entrevistas e notícias da região de Itapetininga, num novo formato interativo com as plataformas digitais.

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