13 de dezembro de 2024

Cada vez mais sozinhas e com dificuldades de relacionamento, as pessoas estão procurando transformar seus pets em humanos também.

Para boa parte das pessoas que convivem com animais em casa,  os pets são considerados membros da família. A humanização consiste em atribuir características humanas aos animais de estimação, sejam elas físicas, emocionais ou comportamentais,. 

Geralmente os pets humanizados dividem a cama com as pessoas e podem sofrer doenças ou distúrbios que também acometem o ser humano, como diabetes, obesidade, ansiedade e depressão. A dependência do pet para conseguir comida, água, atenção, carinho e diversão é um fator que pode contribuir para esta aproximação.  

“Você trata alguma pessoa como um cão ? Ninguém trata.Então a gente não pode tratar cães como pessoas” diz Lívia Merighi, adestradora da Diverticão. Ela destaca que a atitude de tratar o cachorro como um humano acaba desrespeitando aquele indivíduo enquanto espécie.

“Quando a gente trata um cachorro como uma pessoa, isso o desrespeita como individuo , seu instinto e o comportamento natural dele. E isso agrava drasticamente a saúde, o bem estar e a qualidade de vida. E  isso acontece tanto para a pessoa como para aquele cachorro”, alerta Lívia.

Devido às necessidades dos pets serem comparadas às de uma criança, que precisa de um adulto sempre por perto para auxiliá-la, o tutor acaba se apegando aos cuidados exigidos e esquecendo-se dos limites que precisam ser respeitados para não afetar os instintos naturais da espécie. 

A humanização pode ser prejudicial para a saúde do pet, pois impede que ele execute comportamentos naturais, a fim de se adaptar ao estilo de vida humano. Ansiedade, depressão e agressividade são alguns dos danos que a humanização pode provocar.

Muitos cachorros são criados “dentro de uma bolha”. Ou seja, não farejam, não se sujam, não saem de casa e nem interagem com outros cachorros. Desta forma, os pets tendem a ficar reativos com outros animais da mesma espécie e até mesmo agressivos com pessoas desconhecidas.

Levar o animal de estimação para passear em um carrinho ou bolsa, pode parecer mais confortável do ponto de vista humano, porém não é benéfico para a saúde do pet. Ele fica impedido de caminhar e gastar energia. O ideal é permitir que o animal explore os cinco sentidos no passeio: olfato, paladar, visão, audição e tato.

Geralmente, o pet recebe restos de alimentos humanos como uma forma de agrado do seu tutor. Porém receber esses mimos se torna um vício e ele acaba implorando por comida o tempo todo, aumentando os riscos de obesidade.

Como resultado da humanização, os animais podem apresentar mudanças comportamentais: dificuldades de socialização, problemas de saúde e ansiedade de separação.

Autor

Por Portal das Cidades

O Portal das Cidades é um site de entrevistas e notícias da região de Itapetininga, num novo formato interativo com as plataformas digitais.

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