14 de fevereiro de 2025

Para enfrentar o grande desafio de ensinar a todos, respeitando as diferenças, a Rede Pública Estadual de Ensino conta com um recurso fundamental nessa importante missão: o amor e a dedicação dos inúmeros profissionais de ensino que escolheram esse propósito de vida.

A Rede Pública Estadual de Ensino tem trabalhado para a inclusão dos chamados alunos elegíveis da educação especial. São alunos elegíveis da educação especial aqueles que  possuem necessidades especiais e podem  contar  com o atendimento de educadores especializados.

Entre estes inúmeros profissionais temos o professor Rogério Franco Muniz, integrante do quadro de professores do Atendimento Educacional Especializado da Diretoria de Ensino – Região Itapetininga, que trabalha na unidade escolar de Período Integral da Escola Estadual Professor Astor Vasques Lopes.

O trabalho do professor na escola envolve a sala de itinerância, que atende os alunos com transtorno do espectro autista e o ensino colaborativo, que compreende um trabalho para promoção da inclusão por meio de orientações aos professores sobre acessibilidade curricular.

“Nós estamos lutando pela igualdade, pela inclusão real. Quando você vê uma criança isolada, você pensa em acolher e fazer com que ela se desenvolva. Quando ela está no meio do processo e está convivendo com as crianças, isso é maravilhoso” afirma Rogério.

Para o professor, fazer o aluno aprender e desenvolver sua parte social para ter  autonomia e conseguir uma vida com qualidade “é maravilhoso” e enriquece sua vida. “Eu me sinto realizado como professor, quando eu vejo isso acontecer” diz Rogério. “Costumo dizer que eu não escolhi ser professor, ser professor me escolheu” completa.

Ele destaca que sua  realização é ver “um ser humano cada vez melhor dentro da potencialidade dele, ver ele se desenvolver e ser uma pessoa de bem, conseguir ter autonomia e fazer as coisas sozinho”. Esse é o trabalho do professor ressalta o educador.

Muniz conta que um momento marcante na sua carreira foi trabalhar com uma estudante que ela tinha muita dificuldade de concentração, de desenvolver operações matemáticas e também a alfabetização.

“Eu notei que ela precisava desenvolver primeiro a concentração, que ela conseguisse sentar para desenvolver as atividades.Começamos fazendo artesanato, porque o meu foco era que ela se concentrasse e aprendesse a contar e se alfabetizar”

Com o processo ela foi se desenvolvendo e tomou gosto pelo empreendedorismo. Aprendeu a alfabetização e os cálculos matemáticos e passou a ajudar a família dela,contribuindo com a renda da família” relata Rogério.

“Achei maravilhoso esse processo, porque ela não ficou restrita nas quatro paredes do ambiente escolar. Ela foi pra sociedade e se tornou protagonista de algo que era necessário para a família, passou a contribuir” destaca o educador.

Para Muniz , muitas crianças não se desenvolvem porque não são incentivadas. “Precisa incentivar essas crianças, ter um olhar para elas” diz.

Rogério define seu trabalho como professor dizendo “é preciso tratar o ensino de maneira mais leve, fazer com que os alunos sejam estimulados. Temos que plantar flores e não ficar podando árvores. Sempre com relacionamento bom, alegria e muito amor”.

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Por Portal das Cidades

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