A antiga Escola Agrícola de Itapetininga que atualmente é a Escola Técnica Estadual Professor Edson Galvão, na década de 1980 abrigou uma unidade da FEBEM.
A Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (FEBEM) foi um órgão governamental do estado de São Paulo cujo objetivo era promover uma reintegração socioeducativa para adolescentes que, na época, eram considerados infratores. Os adolescente com esse perfil eram internos das unidades da FEBEM.
A unidade de Itapetininga, que também abrigava internos vindos de outras cidades (inclusive São Paulo) , tinha vários adolescentes com problemas auditivos.
O olhar da professora Cecília Pimentel não distinguia classe social ou origem dos seus alunos. Ao contrário, sua formação cristã predominava e ela sempre buscava atender “os que mais precisavam”. Enfrentando todos os desafios, Cecília assumiu as aulas com aqueles adolescentes excluídos da sociedade. Muitos dos internos atendidos por ela eram adolescentes violentos.
Silvia Lisboa Bittencourt Rodrigues, professora e amiga de Cecília Pimentel, conta sobre a experiência de trabalhar com deficientes auditivos na FEBEM, juntamente com Cecília.
Silvia destaca a abordagem única de Cecília, que priorizava as necessidades e habilidades sociais de seus alunos em vez de se concentrar apenas no conteúdo acadêmico.
Cecília acreditava que era essencial dar voz aos alunos e ajudá-los a se expressarem e se conectarem com o mundo ao seu redor.
A professora Sílvia destaca a importância de ver as pessoas com deficiência como indivíduos valiosos e de criar um ambiente inclusivo e acolhedor para todos.
Ela ressalta a importância de priorizar a vida dos alunos, ensinando-lhes habilidades para a vida cotidiana, como a convivência em família e a inserção social. Silvia também
A professora Sílvia conta que a sua experiência de trabalhar com Cecília Pimentel influenciou sua própria abordagem educacional, especialmente após o nascimento de seu filho deficiente auditivo.
Ela aprendeu a valorizar as capacidades e contribuições de pessoas com deficiência e a vê-las como seres humanos completos. No depoimento emocionande da professora Sílvia, ela compartilha sua experiência pessoal como mãe de um filho deficiente auditivo, enfatizando a importância de criar um ambiente inclusivo e de valorizar as conquistas pessoais dos alunos, independentemente de suas limitações.